Steve Jobs (por Walter Isaacson)

A primeira vez que eu li esse livro foi há 10 anos atrás, logo após seu lançamento e, também morte de Jobs. Após relê-lo hoje, percebo que a maturidade me ajuda demais a capturar detalhes importantes que no antes passavam despercebidos.

Jobs não era uma pessoa fácil de se lidar. Isso fica claro em toda sua história e relatos de pessoa com quem conviveu e trabalhou. Mas isso não diminui sua contribuição à humanidade. Talvez, se fosse diferente, nada da história teria acontecido.

Ele conseguiu o feito que muitos levariam algumas vidas para conseguir. Revolucionou não só 1, mas diversas indústrias, como a de computação pessoal, música, cinema e telefonia.

É verdade que ele não era um engenheiro brilhante e que abandonou a faculdade para se dedicar à Apple. Mas também é verdade que se não fosse por ele, provavelmente a Apple teria parado no seu segundo computador, como o próprio Steve Wozniak, co-fundador da Apple diz.

Steve era um cara de produto. E nem pense em pesquisas de opinião. Ele queria criar algo que as pessoas queriam antes delas saberem que de fato precisam. Foi assim com o Apple II, foi assim com o Macintosh, com o iPod, iPhone.

Senão fosse sua obstinação, beirando a psicopatia em alguns momentos, diversos avanços tecnológicos, principalmente em experiência do usuário, não teriam sido feitos.

Muitos não sabem, mas foi com a Pixar que Jobs conseguiu seu primeiro bilhão, em seu IPO após o lançamento do Toy Story. Também não sabem que ele foi “expulso” da Apple e voltou 10 anos depois pra comandar a empresa e tira-la do fundo do poço.

Outra grande característica de Jobs, e de muitos outros gênios por ai, está na sua capacidade de foco fora do normal, concentrando energias em poucas coisas e abstraindo completamente o resto, mesmo que inclua amigos e familia.

“As pessoas que que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que de fato mudam” - Steve Jobs