More Money Than God

More Money Than God

Essa foi a segunda vez que terminei um livro inteiro em inglês. Não é um processo ainda natural, mas foi ótimo pra melhorar a fluência no idioma.

Sem sombras de dúvidas, esse foi um dos, senão o melhor, livro que li na minha vida. Conta a história da indústria dos hedge funds, onde comecei minha carreira. A riqueza de detalhes é tão grande que a sensação era de estar ali, dentro da história, no meio da mesa de operação dos diversos fundos que a história conta.

São diversos casos de personagens icônicos do mercado, como George Soros, Alfred W Jones, Steve Druckenmiller, Armínio Fraga, John Meywether, Jim Simons, Paul Tudor, indo desde os tradicionais fundos de Long & Short alavancado de ações (como foi o primeiro nascido em 1949), até fundos multiestratégia, “Seguidores de Tendência” ou até os quantitativos (BTW o mais bem sucedido deles é dessa classe e ainda está em operação: Renaissance Tecnologies)

E o mais incrível do livro é que ele contextualiza todas as “modas da época” e o que os gestores mais “fora da curva” fizeram para inovar o mercado na sua respectiva época. Delegar decisões para outros gestores e cobrar 20% de performance, como Jones fez no primeiro hedge fund do mundo, ser um stock picker excepcional como Julian Robertson, ser um mago das tendências de mercado como George Soros, ser um gigante que peita a selva que é o mercado como Paul Tudor, ou ser um cientista que decodificador de códigos russos e monta um hedge fund como se fosse um laboratório.

Aí você me pergunta: cadê o Warren Buffet? Muita gente não sabe que ele não é gestor de fundo, mas sim dono de uma empresa de seguros. Sim a Berkshire Hathaway é uma seguradora que usa o dinheiro em caixa para comprar ações. Genial, certo? Buffett capta dinheiro mais barato que o próprio Tesouro americano (leia mais sobre isso no paper Buffett’s Alpha na internet)